quarta-feira, 23 de abril de 2014

Liberdade

Sinto falta de liberdade. O cheiro que a aurora outonal possui tão suave e vívida, com sua brisa calma que toca o corpo e parece que vou voar.
Sinto falta da solidão nostálgica que me leva a sentir uma tristeza calma e leve. De querer não sentir mais, de tanto sentir.
Sinto falta da insônia que persegue os momentos solitários, ouvir meus pensamentos e responde-los, numa loucura diária, fazer do cigarro o melhor amigo em noites infindas perturbada com as próprias loucuras. Querendo e não querendo alguém para compartilhar. E quem pode compartilhar da minha loucura particular?
Sinto falta da alma liberta dos ritos sociais e cansativos que geram enjoos no espírito. Palavras vazias de cérebros contaminados pelo horror que assola essa sociedade infectada com câncer na consciência.

Preciso da liberdade que só a solidão é capaz de causar. 

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