Sinto falta de liberdade. O cheiro que a aurora outonal possui
tão suave e vívida, com sua brisa calma que toca o corpo e parece que vou voar.
Sinto falta da solidão nostálgica que me leva a sentir uma
tristeza calma e leve. De querer não sentir mais, de tanto sentir.
Sinto falta da insônia que persegue os momentos solitários,
ouvir meus pensamentos e responde-los, numa loucura diária, fazer do cigarro o
melhor amigo em noites infindas perturbada com as próprias loucuras. Querendo e
não querendo alguém para compartilhar. E quem pode compartilhar da minha
loucura particular?
Sinto falta da alma liberta dos ritos sociais e cansativos
que geram enjoos no espírito. Palavras vazias de cérebros contaminados pelo
horror que assola essa sociedade infectada com câncer na consciência.
Preciso da liberdade que só a solidão é capaz de causar.
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