quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Atira


Acho que vou perder você.
Hoje não, talvez amanha.
Não importa, me da mais do seu íntimo.
Não quero nada de você,
Nada que eu possa pedir.

Não importa, gostei da sua frieza
E tudo que puder aprender
Depois não.
Não sonho em acordar ao seu lado,
Minha santa ironia diária cansaria.
Não quero que canse de mim!
Não há mais magia?
Pode ser. Amo você as vezes,
Não deixo ser sempre.
Tenho medo.
Você me multiplica, gosto.
Me põe no chão, não me desafia.
Me pegou pelas pernas,
Meu ponto fraco.
Minha armadura vazou;
E agora? Atira?
Por que fica parada? Atira!
Por que não se mexe?
Não entendi porque não usa minha fraqueza.
Será que me ama?
Isso me intriga, mata.

Me olha, esse olhar que não entendo.
Não importa,
Me da mais do seu íntimo.
Peito aberto para você;
Mas com escudo, sempre
Não queria que me conhecesse.
E agora? Atira!
Então larga essa arma que vou te amar.
SIM, AMO VOCÊ!

Um comentário:

Atila City disse...

Nas duras horas que ao teu lado passo,
paro, penso e digo:
que nada no mundo importa,
nada que não seja você,
nada que não esteja com você,
teu sorriso inspira-me,
me traz de volta a vida.
Ai, que vida! seria isto vida?
seria talvez um segundo?ou quem sabe um suspiro?
Me de agora teu olhar,
me deixe o corpo amar,
possuir teu gosto,
teu rosto refletido ao mar
eternamente o mar
num horizonte passageiro,
que me faz lembrar
do quanto ainda amo
seu sorriso franco de criança
e a esperança que guardo...
...e que nunca passe este minuto!