Tínhamos tantos medos, lembra? Tínhamos medo que uma
abandonasse a outra, medo de traições e da inevitável separação. Tínhamos medo
de nos magoar.
Mas não nós, nos importávamos uma com a outra, era
cumplicidade. Tínhamos admiração uma pela outra. Parecíamos um casal de amantes
adolescentes, o amor no auge da vida, era um sonho.
Fomos vivendo nossa vida, cada uma com seus objetivos, a
admiração já não é a mesma, os anseios já não são os mesmos, o que causa paixão
pra uma já não causa para a outra.
Tínhamos tanto medo de nos afastarmos que nos afastamos sem
querer, tomando rumos distintos, encontrando novas paixões e o que trazia medo
aconteceu.
Mas ninguém tem coragem de dizer uma para outra que acabou. Fica
esse silêncio eterno, essa distância muda, aquele olhar de querer dizer algo
que não será dito.
Continuamos com medo.
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